sexta-feira, julho 06, 2012

Versejar é encantador

É, pois é, versejar é encantador.
Impulsiona-nos, revitaliza-nos.
Acaba com aquela pontinha de dor.
É incrível como nos sensibiliza.

Nossa caminhada é para o horizonte.
Avante! Avante! Versejar é preciso!
Ademais, por que chorar de monte?
É, pois é, assim me sensibilizo.

Pranteei aos quatro cantos.
Parei. Não vou mais. Evolui
minha habilidade da resistência
com os pontos que ganhei ao chorar.

Mudei. Sim, eu sei.
Mas a única diferença
do antes para o agora
é que não demonstro, sofro quieto.

Versejar é uma delícia.
Poetar idem.
Versar também.
Poetizar id.
Rimar.. se acontecer, bem, se não
idem.

quinta-feira, junho 07, 2012

Vibras tu!

Venhas tu, ó alude
Corra a mim
Ajas com turpitude,
ser ignóbil!
Desatina-me, alucina-me!
Sua baixeza é vistosa!

Sou fidedigno, tanto quanto um corpúsculo.
Não crês? Olhe meu revérbero!
Mais forte que um relâmpago. Vistes?

Confiai-vos nas ilusões. Tão utópicas!
Igual ao meu glossário. Tão falso.
Tudo falso. Sorrisos, tudo.
Predomina a aleivosia.

Aproveito-me de um tanto de tempo
e de um dicionário.
Ao menos não sou tão falso: reconheço.
Ao menos não é inútil: evoluo.

Minh’alma é forte como uma pena.
Não obstante facilmente carregável,
dificilmente decomponível.

Vibras tu! Confessei.

terça-feira, junho 05, 2012

Barafunda dicionarizada


Assassinaram a flor
Reduziram-na ao pó
Nada mais sentimos
É isso!

Acabaram com a sensatez
Sensibilidade tornou-se uma coação
Nunca vos conhecerei
Mas ouse a conhecer-te!

A tristeza toma conta da cena
A flor de Drummond é pequena
Menor ainda o amar do Russo
E se o monstro é criado-mudo
Talvez.

E o poeta já esperançava:
Palpitam flores, estremecem ninhos…
E o sol do amor, que não entrava outrora,
Entra dourando a areia dos caminhos

Esperança? Perdemos.
Resta-nos a reformulação de uma geração.
Para o bem, para o bem!
Cada vez mais assim penso.

Tá tudo morto agora,
não temos essa chance.
Mudanças são necessárias
Mas mudar como, se leva tanto tempo?

Qual a próxima parte do ciclo?
Precisamos de Rousseaus, Montesquieus,
Volte a nós, Arcádia!
Chega de viver no barro, co!

O papel domina a humanidade e
os interesses; Cuidai-vos dos sentidos
próprios e não alheios! Conheça-te!
Viver, hoje, é perigo de vida.

Não sei quantas almas tenho.
Não sei.
Quem sente não é quem é.
Pessoa, ah, Pessoa!